ERROS DAS ‘NOVAS
ESPIRITUALIDADES’ NO MEIO EVANGÉLICO
Parte I – Gospel-Coaching
Observações Pastorais:
Visão Deformada das
Sagradas Escrituras;
Ausência de
Conhecimento Histórico e Ódio ao "Credo, Confessional e Religioso"
by Luís Cavalcante*
A perda da teologia
sólida na Igreja conduziu à degeneração da vida e fé cristã.
R. J.
Rushdoony
Tornou-se algo popular, nos
últimos anos, igrejas que afirmam não possuir credos e que sua membresia é,
portanto, “aberta” e “viva”. Uma determinada seita valia-se desta abrutalhada
expressão: “Nenhum credo senão Cristo”. Toda negação do confessionalismo é
baseada na hipocrisia ou na ignorância. A palavra “credo” provêm
do latim credo, isto é, eu creio.
Portanto, credo é qualquer fórmula ou confissão de fé por parte dos membros de
uma igreja. Não existe igreja que não exija alguma forma de assentimento como
condição para a adesão, nem que seja somente um desejo de unir-se a ela em
particular. E implícito a todo assentimento está um credo. Desse modo, uma
comunidade eclesiástica que simplesmente pergunta a seus membros em potencial
se eles desejam tornar-se dela participantes, retém consigo, durante as ministrações
aos catecúmenos, e implícita a essa indagação, uma negação do cristianismo
ortodoxo, uma insistência no direito individual de ser crer naquilo que se
quer, contanto que haja uma sincera dedicação ao aprimoramento humano e um
assentimento geral às doutrinas do humanismo. Essa alardeada
ausência de credo dessa igreja em particular é, na prática, um
dogmatismo rígido e intolerante, selvagemente hostil ao confessionalismo
cristão em nome do confessionalismo humanista. R. J. Rushdoony[1]
Em grego, idios quer
dizer “o mesmo”. Idiotes, de onde veio o nosso termo “idiota”, é o sujeito que
nada enxerga além dele mesmo, que julga tudo pela sua própria pequenez. Olavo
de Carvalho[2]
1. INTRODUÇÃO
Alguns
segmentos no meio evangélicos têm aberto os braços, os lares e igrejas para os
velhos deuses do paganismo ou bruxaria global. Outro nome para paganismo é idolatria,
o culto a qualquer coisa que não seja o Deus verdadeiro. A religião – nova(s)
espiritualidade(s) - da presente época é contrária ao cristianismo bíblico
tanto quanto o humanismo secular, e estão determinados em destruir a fé no Deus
das Escrituras Sagradas[3].
Esta
‘nova(s) espiritualidade(s)’, paganismo e neopganismo têm algumas fontes:
a. Xamanismo
moderno e seus contatos com espíritos e progresso espiritual;
b. Astrologia
e a Era de Aquário;
c. A
popularização global da bruxaria;
d. Cabala;
e. Antigo
e moderno gnosticismo;
f. Animismo
indígena norte-americano com o seu caminho largo e vermelho para o desespero;
g. Espiritualidade
sul-americana com seu “sincretismo na selva”;
h. Técnicas
de espiritualidade pagã-africana;
i. Espiritualidade
chinesa;
j. Carl
Gustav Jung e as novas espiritualidades;
k. A espiritualidade
da mecânica quântica;
l. Ecologia,
neopaganismo e aquecimento global;
m. Técnicas
contemplativas pãgas;
n. Hollywoord,
entretenimento e neopaganismo;
o. Ativismo
feminista;
p. O.N.U
e organismos internacionais, promotores e financiadores de qualquer
espiritualidade que seja cristã;
q. Progressismo
e esquerdismo com sua espiritualidade estatal (marxismo cultural).
O Dr. Peter Jones, adverte-nos
dos líderes da “psicologia transpessoal” que afirmam, que só será possível
curar o planeta da violência e da ganância por meio da redescoberta da
experiência do xamã. O professor Stanislav Grof em seu livro com o título Psicologia
do futuro: lições das pesquisas modernas da consciência, mostra as “tecnologias
do sagrados” (métodos), para colocar indivíduos em estados transpessoais ou
paranormais, o que ele chama de “xamanismo essencial”. De fato, a escola
psicológica jungiana é, agora, uma fonte inesgotável do ocultismo.
2.
VISÃO DEFORMADA DAS SAGRADAS ESCRITURAS
Todos os grupos e
cristãos adeptos da ‘nova espiritualidade’ têm uma visão deformada da Palavra
de Deus. Evangélicos adeptos da nova espiritualidade tem a experiência
espiritual como critério definitivo da verdade e não mais as doutrinas
bíblicas, apostólicas e ortodoxas das Sagradas Escrituras.
A nova “hermenêutica”
da “nova espiritualidade, igreja emergente e comunidades carismas é o desprezo
pela verdade, ou, a verdade só é verdade se for “experimentada”, e não processada
na mente”. É o surgimento de “místicos intuitivos”, evangélicos que definam a “verdade”
em momentos de transe espiritual irracional em comunidades “conduzidas pelo
espírito” que crescem por meio de “conversações” em grupo estreitamente
relacionadas com a cultura ao redor. A doutrina e a pregação com base nas
Escrituras se tornaram tão questionáveis para o bem da igreja, conforme os
alertas do Dr. Peter Jones.
A característica
principal e nociva do pensamento teológico progressista com seus elementos[4] nocivos
e sofísticos estão impregnados no movimento evangélico contemporâneo,
principalmente nos adeptos da nova espiritualidade: é a relativização e abandono
do princípio reformado do Sola Scriptura[5].
Ou seja, a esquerda cristã e evangélica não começa com pressupostos da
mentalidade revolucionárias e políticos de esquerda, e sim, com o desprezo e aniquilação
das Sagradas Escrituras como Palavra de Deus em sua integralidade e em todas as
dimensões do conhecimento e da vida:
a. Natureza
divina da Escritura;
b. Inspiração
e Expiração da Escritura;
c. Unidade
da Escritura;
d. Infalibilidade
da Escritura;
e. Inerrância
da Escritura;
f. Autoridade
Máxima da Escritura;
g. Necessidade
sine qua non da Escritura;
h. Clareza
da Escritura;
i. Suficiência
da Escritura.
Devemos tratar todos
os cristãos em Cristo: eleitos, chamados, regenerados, convertidos,
justificados, adotados, santificados e preservados como irmãos em Cristo,
independentemente da denominação. O Reino de Deus[6] é maior
que as nossas denominações, grupos e correntes teológicas.
Existe um perigo nada
novo debaixo do céu[7]:
o crescimento da "nova espiritualidade gospel”[8],
impulsionado pelo um revigorante humanismo-antropocênrico e bruxa global,
marcionismo[9] renovado,
crítica feroz à religião, ao institucional religioso e
aos religiosos[10];
como se fosse possível “ser, fazer e ter” sem premissas e pressupostos
religiosos[11].
O revigorante
humanismo-antropocênrico no meio cristão-protestante, é resultado direto de não
ter as Sagradas Escrituras[12] como
inerrante e infalível; desconhecimento da Soberania de Deus como SENHOR da
História[13]
e Provedor de todas as coisas e ausência do entendimento das Doutrinas da
Graça. Infelizmente erros[14]
provenientes do pelagianismo e arminianismo são marcas da maior parte do
evangelicalismo brasileiro.
3. AUSÊNCIA DE CONHECIMENTO HISTÓRICO E ÓDIO AO
“CREDO, CONFESSIONAL E RELIGIOSO”
O movimento e os adeptos
da “nova espiritualidade”, é um movimento anti-intelectual, têm desprezo e pavor
ao estudo da teologia sistemática e ao conhecimento histórico da fé e tradição cristã,
colocando-se como inimigos dos credos e confissões cristãs bíblicas e ortodoxas.
Uma grande parte do movimento e líders cristãos protestantes e evangélicos não
conhecem a sua história (Reforma Protestante), e são extremamente rasos nos primeiros
500 anos do cristianismo antes de ser deformado pelo romanismo e pelagianismo.
Neste sentido a obra
inigualável “O Imperativo Confessional”[15]
de Carl Trueman, um profundo conhecedor da história e teologia cristã, explica
porque a Igreja de Cristo precisa fazer declarações precisas a respeito de seu
Senhor. Ironicamente, os que afirma “não
ter nenhum credo além de Cristo” estão mais vulneráveis à ação perniciosa da
nossa época, e não mentos, como pensam. Os principais temas abaixo:
a. A acusação cultural contra os
credos e as confissões;
b. Os fundamentos do
confessionalismo;
c. A Igreja Primitiva;
d. As confissões protestantes
clássicas;
e. Da utilidade dos credos e das
confissões;
f. Da revisão e complementação das
confissões
São fundamentais para ser um cristão bíblico e ortodoxo
e não sermos levados por todos os ventos de doutrinas de homens e de demônios.
O Credo Apostólico, que podemos chamar de um
documento básico e resumido da fé cristã, apresenta pontos essenciais para começar
na superação da “nova espiritualidade ne-evangélica, pós-evangélica e
carismatiana”.
Credo
Apostólico[16]:
Creio em Deus Pai, Todo-poderoso,
Criador do Céu e da terra.
Creio em Jesus Cristo, seu único Filho,
nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem
Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e
sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à
direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os
mortos.
Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja
Católica (Universal); na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na
ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.
Nos advertidos pelo
Dr. Peter Jones que a nova espiritualidade do mundo “interconfessional” de hoje
acreditam que a verdade tem a ver com boas intenções, e não com doutrina; que
religião tem a ver com amor, e não com distinções intelectuais ou teológicas
nítidas; que a essência da religião é uma experiência espiritual universal, e
não doutrinas religiosas. Por isso, quem despreza a religião organizada e a
doutrina não se define mais como humanista secular ou ateísta. Antes, diz: “Não
sou religioso, mas sou espiritual”.
Herman Dooyeweerd,
filósofo e jurista holandês[17], gosta
lembrar-nos: o ser humano é um ser religioso; a negação do religioso, da
religiosidade já é si um tipo de religiosidade, religião e religioso. Não
existe neutralidade religiosa, da mesma que não existe neutralidade científica.
Não existe neutralidade metafísica[18] e
nem neutralidade epistêmica[19].
O ateu é um
religioso-não-religioso. Todos os seres humanos nascem religiosos e morrem
religiosos. Ontologicamente (metafisicamente), epistemicamente, eticamente, hermenêutica[20],
antropologicamente, psicologicamente, e acima de tudo, biblicamente e teologicamente
é impossível não ser religioso. Todos os seres humanos têm um Deus,
ou deus ou vários deuses e deusas.
Todos os seres humanos
foram criados com a imagem e semelhança de Deus, porém, não podemos esquecer
recebemos o efeito devastador da queda e pecado[21]; mas, é
gratificante lembrar-nos do poder restaurador[22] e
magnífico da redenção[23] em
Cristo Jesus.
Esta "nova
espiritualidade cristã" comporta-se com soberba espiritual,
desprezando: a ortodoxia bíblica[24],
ortodoxia e apologética cristã, tradição apostólica e histórica em detrimento
das SAGRADAS ESCRITURAS[25]. Não
temos como saber nada de verdade-verdadeira acerca de Deus, Jesus Cristo e
Espirito Santo fora das Escrituras Sagradas. As Sagradas Escrituras é a Palavra
de Deus[26],
infalível, inerrante, inspirada, suficiente e normativa com iluminação do
Espírito Santo para ser ter um pensamento ortodoxo, uma ortopraxia (vida e
prática) abundante e transbordante na vontade de Deus para todas as dimensões
da vida humana[27].
Aliás, um dos erros e
fraquezas dos movimentos religiosos da ambiência protestante (históricos,
reformados, evangélicos, pentecostais, ditos renovados, etc... e milhares de
denominações) é o desprezo pela história apostólica e cristã.
Não há novidade
debaixo dos céus, principalmente sobre os erros e heresias que surgem no meio
dos cristãos tanto na antiguidade como na modernidade e pós-modernidade. A
“nova espiritualidade cristã” é um acúmulo de confusões e misturas
espiritualistas dos essênios, fariseus e saduceus com humanismo, paganismo, ateísmo,
deísmo, docetismo, marcionismo, donatismo, gnosticismo, arianismo, maniqueísmo,
montanhismo, nestoriansimo, apolinarismo, pelagianismo, romanismo, ebionismo,
liberalismo teológico, neo-ortodoxia, teologia da libertação, teologia da
missão integral, e tantos outras dezenas e dezenas erros e heresias religiosas
e secularistas, otimizado pela mentalidade revolucionária, progressista,
esquerdista e marxista cultural[28].
Precisamos entender
que estas novas espiritualidades é uma reação ao nosso farisaísmo
institucional, denominacional e suposta ortodoxia (achamos que é ortodoxia) sem
vida e relevância.
O problema não é a
ortodoxia cristã, e sim a “ortodoxia cristã sem vida e prática”. A ”ortodoxia”
sem “ortopraxia” transforma-se em “cacopraxia” (mau cheiro e péssimo
testemunho). Aliás, ortodoxia cristã que não produz vida, não é ortodoxia
cristã. A busca da ortopraxia cristã sem a ortodoxia cristã
têm produzido muitos crentes pietistas-erráticos, sem obras[29], mais o
acúmulo das heresias seculares: educação progressista[30],
comunista, socialista, mentalidade de pobreza[31] e
improdutividade[32],
marxista cultural, niilista, relativista[33],
pós-modernista, misticismo[34],
feminista[35],
com nova era, etc...[36] aí o
“balaio de gato” aumenta de forma exponencial.
Antes (juntamente,
ao mesmo tempo), crescei (ordem) na graça (Espírito
Santo, fonte do verdadeiro poder, vida, prática), e no conhecimento (verdade,
ortodoxia cristã e apostólica, correto) de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo. 2 Pedro 3:18.
A lei do Senhor é perfeita e
refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos
símplices. Os preceitos
do Senhor são retos e alegram o
coração; o mandamento do Senhor é puro
e alumia os olhos. O temor do Senhor é limpo e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros
e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o
ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos
favos. Salmos 19:7-11
Voltemos para a prática
bíblica[39],
tradição apostólica e catolicidade cristã. Não existe prática bíblica e
tradição apostólica sem fundamentação das Sagradas Escrituras. Agora, a
catolicidade cristã existe o redescobrimento dos credos e documentos
confessionais produzido pela igreja nos primeiros 550 anos:
a. Credo Apostólico –
(Credo batismal básico);
b. Concílio de Niceia (325
A.D - foco na história contra a
imaginação pagã e antropocêntrica);
c. Credo Atanasiano: o
uno e o múltiplo (Atanásio 299 AD – 373 AD – defensor da fé trinitariana,
lutou contra a heresia do arianismo e recebeu o título de “pai da ortodoxia”);
d. Concílio de
Constantinopla (381 AD – contra o ódio à convicção);
e. Concílio de Éfeso (431
AD - condenação do culto ao homem);
f. Concílio de
Calcedônia (451 AD – fundamento da liberdade ocidental);
g. Concílio de
Constantinopla II (533 AD – contra a falácia da simplicidade – lutou
contra a hostilidade civil e religiosa quanto contra a falta de compreensão das
complexidades da doutrina cristã).
Aprendendo com
história[40];
por exemplo: a liberdade ocidental é produto direto e prático da cristologia
calcedoniana e do trinitarianismo do credo atanasiano. Com uma fé apostólica e
com catolicidade, podemos superar estas variações dos “essênios, fariseus,
saduceus e zelotes” antigos e modernos, e focar na Santíssima Trindade, no
Santo Evangelho-Lei[41] para a
glória de DEUS[42].
É hora de a igreja
brasileira aprender que os credos e as confissões não são camisas de força, mas
trilhos que ajudam a igreja nas tarefas missiológicas, apologéticas e
doxológica. Não são prisões que enjaulam a criatividade e a vitalidade; são,
sim, tanques de oxigênio que nos ajudam a mergulhar nas águas profundas das
Escrituras. Entender quem somos e proclamar o que cremos são passos necessários
para vivermos como o Senhor Deus deseja.[43]
4. CONCLUSÃO
Apesar de tudo isto, a
Igreja de Cristo é vitoriosa[44], não
importa as dificuldades, perseguições, deficiências, fracassos, derrotas, fragmentações
e anti-intelectualismo[45] de
muitos cristãos demonstrados na “nova espiritualidade”. A intenção do
pequeno texto é apenas termos ciências de alguns erros[46], para
podermos corrigirmos[47] e
avançarmos.
Inspirado na obra “Bruxaria
Global: técnicas da espiritualidade pagã e a resposta cristã” do Dr. Peter
Jones e prefácio do Dr. John Frame somos instigados nesta pergunta-chave; o que
define a batalha pela alma da igreja em nossos dias extremamente “espirituais”:
adoraremos a natureza ou o Deus que criou a natureza? Esse conflito teve início
no jardim do Éden, quando Adão e Eva receberam o convite feito pela serpente
para adorarem a si mesmos em vez do Criador. Continuou quando Israel foi
tentado a adorar os deuses da natureza Baal e Aserá e todos os outros ídolos das
nações ao seu redor. O conflito ficou evidente quando Paulo falou do panteão de
divindades nas quais os atenienses criam e ainda estava presente quando os pais
da igreja primitiva condenaram o gnosticismo. Hoje, cristãos de todo o mundo
precisam reconhecer e combater o culto à natureza em todas as usas formas
antigas ou modernas quer no animismo africano ou no neopaganismo
interconfissional.
O Senhor Jesus Cristo
é uma pessoa, e não uma experiência mística indefinida. É a revelação objetiva
do Pai em Palavra e atos. Sua vida, morte e ressurreição, porém, conduzem-nos a
Deus por meio de um ato histórico de expiação que nos liberta do pecado e da
culpa. Apropriamo-nos dessa verdade pela fé ao ouvirmos e crermos na Palavra
pregada. Não precisamos de técnicas pagãs e experiências irracionais para nos
aproximarmos dele. Ele se achegou a nós, daí nos achegarmos a Deus. By Peter
Jones
Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola
Fide, Sola Christus, Soli Deo gloria, Coram Deo.[48]
5. Tarefas Para Pensar:
1. Se a experiência
é a fonte da verdade para o cristão, como podemos distingui-la das versões
religiosas pagãs, especialmente quando tantos na igreja brincam com técnicas
espirituais dos mais variados tipos, praticadas em todas as religiões pagãs
desde tempos imemoriais?
2. O paganismo é especialista
em técnicas espirituais, todas elas criadas para gerar uma sensação de
identificação mística com o divino. A “interespiritualidade” é uma prática
comum em muitas igrejas e denominações. Há quem diga que não temos motivo para
nos preocupar. Podemos “cristianizar” a ioga e o labirinto. Diante disso, é
inofensivo usar qualquer tipo de técnica espiritual que pareça funcionar em detrimento
das Sagradas Escrituras?
3. Uma pergunta-chave
define a batalha pela alma da igreja em nossos dias extremamente “espirituais”:
adoraremos a natureza ou o Deus que criou a natureza?
(*)
Presbítero na Igreja Presbiteriana Bom Pastor em Osasco, SP. Cursei Teologia no
IBAD – Pindamonhagaba. Coordenador do Instituto de Cultura e Educação
Teonomista. Economista e Consultor
Empresarial - https://apptuts.bio/luiscavalcante
[1] RUSHDOONY,
R. J. Fundamentos da ordem social: estudos sobre os credos e concílios
da Igreja Primitiva. Brasília, DF; Editora Monergismo, 2019.
[2] CARVALHO, Olavo de. O
mínimo que você precisa saber para não ser um idiota. 6ª ed. Rio de
Janeiro, Record, 2013.
[3] JONES, Peter (Org.). Bruxaria
global: técnicas da espiritualidade pagã e a resposta cristã. São Paulo:
Cultura Cristã, 2011.
[4]
naturalista
filosófico; deísta, secularismo, marxismo, niilismo, existencialismo, racionalismo,
irracionalismo, subjetivismo, empirismo, dualismo grego e kantiano, modernista,
pós-modernista e hiper-modernista em suas diversas escolas (teologia liberal,
neo-ortodoxia, teologia da libertação, teologia da missão integral, teologia
feminista, teologia negra, teologia inclusiva, etc...)
[5] Princípios
da Reforma: Sola Gratia, Sola Fides, Solus Christus, sacerdócio universal
dos fiéis, Sola Scriptura. Sola Scriptura: somente a Escritura é a
suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; só ela é o árbitro de todas
as controvérsias (= a supremacia das Escrituras). Ela é a norma normanda
(“norma determinante”) e não a norma normata (“norma determinada”) para todas
as decisões de fé e vida. A autoridade da Escritura é superior à da
Igreja e da tradição. Contra a afirmação católica: “a Igreja ensina” ou “a
tradição ensina”, os reformadores afirmavam: “a Escritura ensina”. Clique no
link abaixo para aprofundar o assunto: https://cpaj.mackenzie.br/historia-da-igreja/reforma-protestante/sola-scriptura/
[6] DAVIS, John Jefferson.
A vitória do Reino de Cristo: Uma introdução ao pós-milenarismo. Brasília,
DF: Editora Monergismo, 2016.
[7] O que foi tornará a ser, o que foi
feito se fará novamente; não há nada novo debaixo do sol. Eclesiastes 1:9.
[8] Pós-moderna,
derivada do dualismo protestante neo-kantiano, neo-ortodoxia de Karl Barth e
afins - escola existencialista gospel otimizada pelos “coachs” cristãos e não
cristãos. Aqui não há desmerecimento pelo trabalho e atividade do “coach”. Em
qualquer área existem profissionais e amadores. Muitas pessoas e empresas têm
sido beneficiados pelo profissional “coach*, processo de “coaching”
e mentoria nas diversas áreas individuais e empresariais. Em qualquer área
existem profissionais excelentes, medíocres e picaretas. É possível ser um
cristão profissional coach. Em qualquer profissão e ciência a cosmovisão cristã
é fundamental para podermos separar aquilo que é verdadeiro e fantasias
teóricas e pseudo-ciências. Infelizmente, existe uma banalização e misturas
sincréticas, nocivas e neopaganistas em várias metodologias. De forma geral
e bem resumida, o termo “Coach” significa treinador
esportivo, uma pessoa que treina um time com foco em vencer. Na década de 60,
se desenvolve o "Coaching Business" através de Richard
Bandler e John Grinder, desenvolve a técnica da modelagem: processo
no qual o modelo de sucesso é adotado, analisado e ensinado aos clientes para
obter ótimos resultados. Em seguida surge Tim Gallwey, reconhecido como
o fundador do conceito do coach, lança o livro "O jogo interior de
tênis", usa a psicologia aplicada ao esporte e ao mundo
corporativo. Depois surge, Anthony Robbin,
desenvolve o conceito de "Life Coaching", aplicando os
conceitos de coaching empresarial para melhorar a vida das pessoas. John
Withmore, através do seu livro "Coaching para performance",
apresenta técnicas e ferramentas focadas em consciência e responsabilidade. O
psicólogo Daniel Goleman, com sua obra "Inteligência Emocional",
demonstra a importância e a capacidade para administrar emoções de forma
inteligente com foco em alcançar resultados positivos. No Brasil, Paulo Vieira, desenvolve uma
metodologia assentada no coaching tradicional, inteligência emocional e
reprogramação de crenças. Neste mundo
existem dezenas, centenas de profissionais que desenvolvem metodologias e
tecnologias para ser alcançar bons e excelentes resultados na vida pessoal e
empresarial. Precisamos da cosmovisão cristão para ficarmos alertas e
discernimos as premissas que foram usadas para o desenvolvimento das
respectivas “técnicas”.
[9] Marcião, Marcião de Sinope - ou Marcion - foi um
dos mais proeminentes heresiarcas durante o Cristianismo primitivo. A sua
teologia chamada marcionismo propunha dois deuses distintos, um no Antigo
Testamento e outro no Novo Testamento, foi denunciada pelos Pais da Igreja e
ele foi excomungado. Podemos considera-lo como uns dos pais e
inspiradores do sofisma do liberalismo teológico e neo-ortodoxo.
[10] Achamos
que somente os religiosos podem ser hipócritas ou fariseus;
todos os seres humanos em certa medida são hipócritas. Todos os homens são
pecadores, tem uma natureza pecaminosa e depravada e carecem da glória de Deus.
[11] É impossível qualquer pensamento, argumento, sem
premissas e os elementos: transcendentes, transcendentais, credais,
fiduciárias, fideístas, pré-filosóficos, pressupostos e pressuposições.
[12] JR. CENTRY, Kenneth L.
A Lei de Deus no Mundo Moderno: A relevância contínua da Lei do Antigo
Testamento. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2008.
[13] SANDLIN, P. Andrew. Pós-milenarismo:
um guia introdutório. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2017.
[14] RUSHDOONY, Rousas
John. Rejeição à humanidade: Os efeitos do neoplatonismo no cristianismo. Brasília,
DF: Editora Monergismo, 2018.
[16] O Credo
Apostólico, o mais conhecido dos credos, é atribuído pela tradição aos doze
apóstolos. Alguns chegaram a sugerir que cada apóstolo teria contribuído com um
artigo. Mas os estudiosos acreditam que ele se desenvolveu a partir de pequenas
confissões batismais empregadas nas igrejas dos primeiros séculos. O Credo
Apostólico, assim como os Dez Mandamentos e a Oração Dominical, foi anexado,
pela Assembleia de Westminster, ao Catecismo. “Não como se houvesse sido
composto pelos apóstolos, ou porque deva ser considerado Escritura canônica,
mas por ser um breve resumo da fé cristã, por estar de acordo com a palavra de
Deus, e por ser aceito desde a antiguidade pelas igrejas de Cristo.” Citado por
A. A. Hodge, Outlines of Theology, 115. Extraído de Paulo Anglada, Sola Scriptura:
A Doutrina Reformada das Escrituras (São Paulo: Os Puritanos, 1998), 178-79.
[17] Considerado uns dos maiores
pensadores e intelectuais evangélicos dos últimos 300 anos. Ex-reitor da
Universidade Live de Amsterdam.
[18] Ontologia
é a parte da metafísica que trata da natureza, realidade e existência dos
entes. A ontologia trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como
tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres objeto de
seu estudo.
[19] Reflexão
geral em torno da natureza, etapas e limites do conhecimento humano, teoria do
conhecimento, teoria sobre o que é conhecimento. Estudo dos postulados, conclusões e métodos
dos diferentes ramos do saber científico, ou das teorias e práticas em geral,
avaliadas em sua validade cognitiva, ou descritas em suas trajetórias
evolutivas, seus paradigmas estruturais ou suas relações com a sociedade e a
história; teoria da ciência.
[20] Ciência, técnica que tem por objeto a
interpretação de textos religiosos ou filosóficos. Interpretação dos textos, do
sentido das palavras.
[21] OWEN, John. Para
vencer o pecado e a tentação. São Paulo: Cultura Cristã, 2010.
[22] CRAMPTON, W. Gary;
BACON, Richard E. Em direção a uma cosmovisão cristã Brasília, DF:
Editora Monergismo, 2009.
[23] JR. GENTRY, Kenneth L.
O Apocalipse para leigos: você pode entender a profecia bíblica. Brasília,
DF: Editora Monergismo, 2019.
[24] EINWECHTER, William O.
Ética e a Lei de Deus: uma introdução à teonomia. Brasília, DF: Editora
Monergismo, 2009.
[25] RUSHDOONY, Rousas
John. Fé e obediência: Uma introdução à lei bíblica. Brasília, DF:
Editora Monergismo, 2016.
[26] RUSHDOONY, Rousas
John; SANDLIN, P. Andrew. Infalibilidade e Interpretação. Brasília, DF:
Editora Monergismo, 2017.
[27] SANDLIN, P. Andrew. Cristianismo
Público: Evangelho e Lei. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2017.
[28] CARVALHO, Olavo de. O
mínimo que você precisa para não ser um idiota. 6ª ed. Rio de Janeiro:
Record, 2013.
[29] JR. GENTRY. Kenneth L.
Preterismo e Profecia. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2016.
[30] BERTHOUD, Jean-Marc. João
Amós Comênio e as origens da ideologia pedagógica. (O inspirador das
reformas escolares modernas). Brasília, DF: Editora Monergismo, 2017.
[31] RUSHDOONY, Rousas
John. Cristianismo & capitalismo. Brasília, DF: Editora Monergismo,
2016.
[32] SANDLIN, P. Andrew. A
desgraça do ateísmo na economia. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2018.
[33] RUSHDOONY, Rousas
John. A Política da Pornografia. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2017.
[34] BERTHOUD, Jean-Marc;
Rose-Marie. Misticismo: uma abordagem bíblico-histórica. Brasília, DF:
Editora Monergismo, 2017.
[35] CAMPAGNOLO, Ana
Caroline. Feminismo. Perversão e Subversão. São Paulo, SP: Vide
Editorial, 2019.
[36] ARAÚJO NETO, Felipe
Sabino. A desgraça do ateísmo na educação. Brasília, DF: Editora
Monergismo, 2016.
[37] Edwards, Jonathan. A
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[40] BERTHOUD, Jean-Marc. Calvino
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[41] BERTHOUD, Jean-Marc. Apologia
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[42] SANDLIN, P. Andrew. Cultura
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[43] Rev. Emílio Garofalo
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[44] RUSHDOONY, Rousas
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[45] RUSHDOONY, Rousas
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[46] SANDLIN, P. Andrew. O
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Brasília, DF: Editora Monergismo, 2016.
[47] CHEUNG, Vincent. Introdução
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[48] BERTHOUD, Jean-Marc. O
Combate Central da Reforma: A fé confessante. Brasília, DF: Editora
Monergismo, 2017.
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