As Escrituras nos advertem: “Se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas” (Mateus 6.29), isto é, o pior tipo de trevas é aquele que pensamos ser luz. Assim, uma das ameaças mais desconsideradas, não obstante sua difusão na visão cristã da vida e do mundo, é a do neoplatonismo.
Esse resquício da filosofia grega antiga fundamenta-se num aspecto dualista da realidade: concebe a forma ou espírito (no caso, a mente) como bons e o físico (a carne) como mau. O neoplatonismo é uma filosofia “dialética” que tenta reconciliar dois conceitos essencialmente hostis e mantê-los dentro de seu sistema.
Ora, o neoplatonismo apresenta o dilema do homem como sendo de natureza metafísica, ao passo que as Escrituras apregoam que se trata de um problema moral. Pautar o cristianismo nessa falsa ideia neoplatônica inevitavelmente despojará a fé da perspectiva realmente bíblica.
As ideias modernas de espiritualidade acabaram transformando-se em uma forma de oposição ao modelo bíblico, no qual o Espírito de Deus atua no mundo e no indivíduo a fim de realizar a vontade de Deus. Muitos cristãos creem que podem escapar do pecado por meio de uma evasão ao mundo material. As Escrituras, porém, dizem que o homem, em sua totalidade, caiu em pecado, e não apenas sua carne.
À vista disso, «Rejeição à humanidade» é um olhar perscrutador sobre a natureza e efeitos do neoplatonismo no pensamento cristão contemporâneo, e apresenta soluções biblicamente fundadas para o crente que deseja servir plenamente a Deus.
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