quarta-feira, 25 de março de 2020

Coronavírus - Pura ignorância ou arma de propaganda?

CORONAVÍRUS

Coronavírus - Pura ignorância ou arma de propaganda?


Especial para o BSM·24 de Março de 2020 às 22:49

Em matéria especial para o BSM, médico explica o que é um vírus, o que é uma gripe e como a Organização Mundial da Saúde inventou uma pandemia que enlouqueceu o mundo. 

"A imaginação [fantasiar a realidade] é a metade da doença; a tranqüilidade é a metade do remédio; e a paciência é o começo da cura."
Avicena (980-1037)

Não! O coronavírus não é um vírus novo; não é um vírus criado ou modificado em laboratório americano, nem um vírus criado ou modificado em laboratório chinês, e nem em qualquer outro laboratório, simplesmente porque este vírus existe desde que as aves e os mamíferos, incluindo os seres humanos coexistem na face da Terra, pois tanto nós, humanos, como as aves temos sido desde sempre os reservatórios naturais desta classe de vírus (a Influenza A), assim como de várias outras classes virais.

Além de sermos reservatórios naturais de diferentes vírus, como o vírus da Influenza A e de seus vários subtipos, o corpo humano contém 10 vezes mais “micróbios” do que células humanas, e estes representam de 1% a 3% da nossa massa corpórea total1, ou seja, 30 trilhões de células humanas hospedam 300 trilhões de micróbios2. Dentre tais micróbios — que, por sinal, podem nos causar doenças — encontram-se vários tipos de vírus, bactérias, leveduras, fungos, etc.

É importante salientar que um vírus não é um ser vivo, e nem um microorganismo, mas apenas um fragmento de código genético. Este fragmento de código genético se comporta como se fosse um ser vivo, somente quando penetra uma célula viva, seja ela de bactéria, protozoário, planta, animal ou humana.

Dito isto, a pergunta que se faz obrigatória agora é, por que, então, não estamos permanentemente doentes, se temos dez vezes mais micróbios estranhos e potencialmente patogênicos do que células próprias em nosso organismo?

Porque, normalmente, há um equilíbrio da comunidade microbiana e viral com o nosso sistema imunológico. Este equilíbrio é necessário, inclusive para a produção microbiana de nutrientes e vitaminas de que necessitamos para continuar vivos, ou seja, sem esta comunidade microbiana e viral, a vida humana é impossível.

Por outro lado, quando esse equilíbrio biológico é rompido por algum fator físico-químico (contrastes de temperatura, umidade, pH, etc.), fator emocional (excessos de raiva, tristeza, ansiedade, medo, etc.), fator higiênico-sanitário (falta ou insuficiência no asseio pessoal, doméstico ou ambiental), e/ou por alguma comorbidade descompensada (hipertensão arterial, diabetes, obesidade, enfisema, asma, etc.), é normal que apareça algum resfriado que pode ser leve ou mesmo uma gripe grave que, em alguns casos, pode levar à uma pneumonia letal.

Existem 4 tipos comuns de vírus que podem causar gripes graves ou resfriados leves nos seres humanos e nos animais (principalmente nas aves, e mamíferos como os suínos e os morcegos): o vírus da Influenza A (mais severa), o vírus da Influenza B (menos severa) e o vírus da Influenza C; o vírus da Influenza D, por enquanto, tem se restringido a acometer apenas os animais, principalmente o gado3.

A maioria das pessoas não sabe, mas o “coronavírus H5N1”, atualmente apelidado de CoV-2 ou COVID-194, foi apelidado em 2002 como SARS-CoV, e em 2012 como MERS-CoV.5

Ocorre que, este mesmo “coronavírus H5N1”, assim como o “coronavírus H1N1”6, o “coronavírus H2N2”7, o “coronavírus H3N2”8, o “coronavírus H3N8”9, o “coronavírus H7N2”, o “coronavírus H9N2” e mais outras 190 codificações de coronavírus, são todas variações genéticas do mesmo vírus: ou seja, “Influenza A”, conhecido também como “vírus da gripe aviária”10, ou simplesmente, “vírus da gripe”.

Mas por que descrever o mesmo vírus com tantos códigos diferentes?

Porque, se houvesse uma outra palavra para designar vírus, seria a palavra “mutante”. Todos os vírus, em menor ou maior grau, são mutantes por natureza. Os números precedidos das letras H e N indicam apenas o tipo de mutação no mesmo vírus. Tais mutações são ininterruptas. Por exemplo, um resfriado que uma pessoa ou um animal transmite para outros11, já não será o mesmo resfriado da pessoa ou animal que transmitiu inicialmente, e assim por diante, até chegar à uma mutação bem caracterizada e denominada por algum código novo pelos microbiologistas de plantão.

Surtos de febres e gripes não são e nunca foram novidades em nosso planeta. Médicos da antigüidade chinesa, há mais de 3 mil anos, já relatavam surtos periódicos e anuais de febres e gripes entre cada final de inverno e começo da primavera. Estes médicos antigos descreviam que o principal vetor destes surtos periódicos de febres e gripes era o vento, exatamente pelo motivo de que são comuns, no começo de cada primavera, desde a antigüidade até os dias atuais, as icônicas e impressionantes “tempestades de areia” nos desertos de Gobi e Taklamakan, que se estendem desde o nordeste, norte ao noroeste da China. Estas tempestades de areia, que sopram do leste ao oeste e do norte ao sul, são tão fortes que chegam a tornar o ar e a atmosfera densamente amarela por alguns dias nas cidades chinesas, fazendo com que as pessoas e os animais respirem essa finíssima areia amarela no ar em suspensão.

Já os nossos modernos pesquisadores ocidentais, cada vez mais, comprovam que os principais vetores de transmissão das mais impactantes mutações periódicas da Influenza A, que o mundo já sofreu, não são os aviões e suas viagens aéreas, muitos menos fronteiras abertas entre países, e nem a transmissão pessoa-a-pessoa, mas as migrações periódicas e anuais das aves ao redor do mundo12,13.

Qual é então a novidade?

A novidade, que também não é bem uma novidade, é a ignorância proverbial da massa ignara (agora interconectada e globalizada), ou como o filósofo Ortega y Gasset costumava chamar: o comportamento do indivíduo medíocre  o “homem-massa”  especializado em chorar ou rir, amar ou detestar, mas jamais pendente a querer antes de mais nada compreender algo que o deixe com raiva ou com medo.

“Homens-massa” sempre existiram na face da Terra; o problema — na minha opinião, gravíssimo — é que o “homem-massa” chegou longe demais nestes últimos séculos, um desses chegou até a ser Presidente da República em nosso país. Hoje em dia, o poder que um presidente de qualquer país possa ter efetivamente é nada comparado ao poder, não tanto político, mas sobretudo, psicológico, que algumas organizações internacionais como a ONU, ou como uma OMS possam exercer sobre os cérebros dos presidentes e ministros dos países membros da organização da qual fazem parte.


A pergunta que deveríamos fazer é: e o que pode acontecer quando um Diretor-Geral de uma OMS se comporta como um “homem-massa”?

Pode acontecer o pior. Pode acontecer um desastre incalculável para todos os países individualmente e para o mundo como um todo. E quem mais sofrerá, em última análise, serão os mais vulneráveis, sejam países, sejam indivíduos.
E é exatamente o que está acontecendo enquanto você lê este artigo: o caos!

O sr. Tedros Adhanom, que apesar de não ser médico é o atual Diretor-Geral da OMS, de forma irresponsável, leviana e sem nenhuma base de dados que o balizasse, a não ser cochichos alarmistas despejados em sua orelha, por epidemiologistas analfabetos em microbiologia e sem nenhuma prática clínica , declarou ao mundo que estamos sofrendo uma “pandemia de coronavírus”. Ora, ora, será que ele se atreveu a consultar os bancos de dados e as estatísticas levantadas anos a fio pela própria OMS, da qual ele é o atual Diretor-Geral?

É claro que não! E por quê?

Porque se ele tivesse consultado as estatísticas da própria ONU, da OMS, e do CDC americano sobre o número de mortes anuais (por todas as causas) no mundo, ele teria enxergado que o número tem variado de 50 a 60 milhões de mortes por ano desde 1950 até os dias de hoje (vide gráficos abaixo14); e teria verificado que entre 2% à 3% desse total tem sido, desde então, atribuído a mortes por Influenza A, sem diferenciar se foi por H1N1, H5N1, ou por qualquer outra variação genética. Enfim, o número de mortes atribuídas a infecções por “Influenza A” totalizaria algo entre 1.200.000 e 1.800.000 mortes/ano, ou seja, divididos por 365 dias, seriam entre 3287 e 4931 mortes por dia, todos os dias do ano!

Quantas pessoas mesmo morreram desde o início do surto de Wuhan, na China, e da Lombardia, na Itália?













Segundo a organização worldometers.info15. O número total de mortes no mundo atribuídas16 ao “CoVid-19”, ou seja, ao vírus da Influenza A, está sendo computado desde 22 de janeiro deste ano, e até o dia de hoje, 23/03/2020, foram contabilizadas 14.704 mortes em 60 dias.

Porém, o número esperado de mortes por Influenza A (coronavírus) em 60 dias no mundo todo, segundo as taxas estatísticas da própria OMS e do CDC, deveria ser algo entre 197.220 e 295.860 mortes.

Onde é que está a pandemia, sr. Tedros, além da mesmíssima epidemia sazonal de gripe que ocorre há milênios17?









O sr. Tedros dividiu o mundo à sua imagem e semelhança. Dividiu-nos em “homens-massa medrosos” e em “homens-massa tirânicos”, todos igualmente em pânico.

Entre ser medroso ou tirânico, líderes chineses, bem antes do sr. Tedros, resolveram ser bem mais tirânicos do que medrosos contra o seu próprio povo e contra o vírus, decretando oficialmente o começo e o fim da epidemia chinesa de SARS-CoV entre o final de fevereiro e o início de junho de 2003, como se algum vírus obedecesse a decretos e à timings governamentais para infectar as pessoas. Sim, na época o governo chinês fez isso e muito mais, por exemplo, colocou tanques-de-guerra pintados de “branco ambulância” nas principais esquinas de Beijing, talvez na esperança de imprimir no imaginário simplório do obediente povo chinês, que um tanque-de-guerra vestido de ambulância tivesse poder suficiente para combater o “terrível vírus da SARS”.

O pânico e o terror que os meios de comunicação do governo chinês espalharam na época entre as pessoas, além das absurdas enclausurações compulsórias que muitos colégios e universidades impuseram aos seus alunos, proibindo-os de sair das suas dependências durante todo o período, tudo isso em um piscar de olhos, tornou as metrópoles chinesas em verdadeiras cidades fantasmas...

Um teatro de proporções continentais, tal como é a dimensão daquele país, tudo para abafar um escândalo midiático que se disseminou em Hong Kong sobre a falta de higiene das caixas d’água em condomínios locais, e a relação disto com um surto de “pneumonia fulminante” em novembro de 2002, isto começou a aterrorizar o governo central chinês. A China aguardava ansiosamente os seus Jogos Olímpicos de 2008, e a última coisa de que necessitavam era algum tipo de escândalo higiênico-sanitário com um possível relatório decepcionante do COI (Comitê Olímpico Internacional) que estava prestes a visitar a China para inspecionar o seu sistema de saúde e as condições dos hospitais chineses – o que aconteceu? A China decretou a epidemia da SARS e assim afugentaram, por algum tempo, a comitiva do COI!

Homens-massa sempre têm algo em comum, como já dizia Maquiavel: “É melhor ser temido do que amado”. Os medrosos são tirânicos com quem podem ser, e os tirânicos escondem o seu medo exercendo sua tirania.

Está claro que o pânico  como arma de propaganda  é extremamente lucrativo: politicamente para os medrosos e financeiramente para os tirânicos. Por exemplo, o Brasil no momento passa por uma profunda renovação moral e cívica, nunca jamais vista em toda a sua história, estamos ganhando consciência pública e tentando consertar as nossas falhas na política que vêm desde a formação deste país, mas isso está amedrontando meio-mundo. O que fariam os medrosos senão aproveitar-se de uma situação de pânico, como fazem os três patetas Doria, Ibaneis e Witzel?

A quem serve o caos social, econômico e financeiro no qual quase todos os países do Ocidente, Brasil incluído, se encontram? Ainda mais com a desculpa absurdamente criminosa de que estamos passando por uma pandemia jamais vista na história humana?

Seria a ONU, o Soros ou a China?

Zhang Lin é o pseudônimo de um médico infectologista que vive na China. Por questões de segurança, mantém a identidade sob sigilo.

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4[1] Apelido dado por ter sido detectado no surto gripal de dezembro de 2019.

5 https://www.cdc.gov/coronavirus/mers/index.html, MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio).

6[1] Responsável pelo surto da “gripe espanhola” de 1918, https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30349811

7[1] Responsável pelo surto gripal no sul da China entre 1956-1958.

8[1] Responsável pelo surto da “gripe suína” ou “gripe de Hong Kong” de 1968), https://www.mphonline.org/worst-pandemics-in-history/

9[1] Responsável pelo surto da então chamada “gripe russa”, ou “gripe asiática” de 1889-1890), https://www.wired.com/2010/04/1889-russian-flu-pandemic/




13[1] Alexis Madrigal (April 26, 2010). "1889 Pandemic Didn't Need Planes to Circle Globe in 4 Months”.



16[1] Atribuir qualquer morte devido a um vírus de uma determinada cepa específica, como, por exemplo, o vírus da Influenza A – H5N1 (chamado hoje de COVID-19) é extremamente problemático, visto que para comprovar esse fato há a necessidade de exames patológicos de biópsias de órgãos vitais que comprovem a relação de causa e efeito, algo que não está sendo feito absolutamente.

17[1] com a única diferença que aumentou na mesma proporção do crescimento da população.


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