sábado, 18 de abril de 2020

ERROS DAS ‘NOVAS ESPIRITUALIDADES’ NO MEIO EVANGÉLICO - Parte I – Gospel-Coaching

ERROS DAS ‘NOVAS ESPIRITUALIDADES’ NO MEIO EVANGÉLICO

Parte I – Gospel-Coaching

Observações Pastorais:
Visão Deformada das Sagradas Escrituras;
Ausência de Conhecimento Histórico e Ódio ao "Credo, Confessional e Religioso"


by Luís Cavalcante*


A perda da teologia sólida na Igreja conduziu à degeneração da vida e fé cristã.                                                                                                               
R. J. Rushdoony

Tornou-se algo popular, nos últimos anos, igrejas que afirmam não possuir credos e que sua membresia é, portanto, “aberta” e “viva”. Uma determinada seita valia-se desta abrutalhada expressão: “Nenhum credo senão Cristo”. Toda negação do confessionalismo é baseada na hipocrisia ou na ignorância. A palavra “credo” provêm do latim credo, isto é, eu creio. Portanto, credo é qualquer fórmula ou confissão de fé por parte dos membros de uma igreja. Não existe igreja que não exija alguma forma de assentimento como condição para a adesão, nem que seja somente um desejo de unir-se a ela em particular. E implícito a todo assentimento está um credo. Desse modo, uma comunidade eclesiástica que simplesmente pergunta a seus membros em potencial se eles desejam tornar-se dela participantes, retém consigo, durante as ministrações aos catecúmenos, e implícita a essa indagação, uma negação do cristianismo ortodoxo, uma insistência no direito individual de ser crer naquilo que se quer, contanto que haja uma sincera dedicação ao aprimoramento humano e um assentimento geral às doutrinas do humanismo. Essa alardeada ausência  de credo dessa igreja em particular é, na prática, um dogmatismo rígido e intolerante, selvagemente hostil ao confessionalismo cristão em nome do confessionalismo humanista. R. J. Rushdoony[1]

Em grego, idios quer dizer “o mesmo”. Idiotes, de onde veio o nosso termo “idiota”, é o sujeito que nada enxerga além dele mesmo, que julga tudo pela sua própria pequenez. Olavo de Carvalho[2]


1. INTRODUÇÃO


                   Alguns segmentos no meio evangélicos têm aberto os braços, os lares e igrejas para os velhos deuses do paganismo ou bruxaria global. Outro nome para paganismo é idolatria, o culto a qualquer coisa que não seja o Deus verdadeiro. A religião – nova(s) espiritualidade(s) - da presente época é contrária ao cristianismo bíblico tanto quanto o humanismo secular, e estão determinados em destruir a fé no Deus das Escrituras Sagradas[3].

                   Esta ‘nova(s) espiritualidade(s)’, paganismo e neopganismo têm algumas fontes:

a.    Xamanismo moderno e seus contatos com espíritos e progresso espiritual;
b.    Astrologia e a Era de Aquário;
c.    A popularização global da bruxaria;
d.    Cabala;
e.    Antigo e moderno gnosticismo;
f.     Animismo indígena norte-americano com o seu caminho largo e vermelho para o desespero;
g.    Espiritualidade sul-americana com seu “sincretismo na selva”;
h.    Técnicas de espiritualidade pagã-africana;
i.     Espiritualidade chinesa;
j.     Carl Gustav Jung e as novas espiritualidades;
k.    A espiritualidade da mecânica quântica;
l.     Ecologia, neopaganismo e aquecimento global;
m.  Técnicas contemplativas pãgas;
n.    Hollywoord, entretenimento e neopaganismo;
o.    Ativismo feminista;
p.    O.N.U e organismos internacionais, promotores e financiadores de qualquer espiritualidade que seja cristã;
q.    Progressismo e esquerdismo com sua espiritualidade estatal (marxismo cultural).

O Dr. Peter Jones, adverte-nos dos líderes da “psicologia transpessoal” que afirmam, que só será possível curar o planeta da violência e da ganância por meio da redescoberta da experiência do xamã. O professor Stanislav Grof em seu livro com o título Psicologia do futuro: lições das pesquisas modernas da consciência, mostra as “tecnologias do sagrados” (métodos), para colocar indivíduos em estados transpessoais ou paranormais, o que ele chama de “xamanismo essencial”. De fato, a escola psicológica jungiana é, agora, uma fonte inesgotável do ocultismo.


2. VISÃO DEFORMADA DAS SAGRADAS ESCRITURAS

Todos os grupos e cristãos adeptos da ‘nova espiritualidade’ têm uma visão deformada da Palavra de Deus. Evangélicos adeptos da nova espiritualidade tem a experiência espiritual como critério definitivo da verdade e não mais as doutrinas bíblicas, apostólicas e ortodoxas das Sagradas Escrituras.

A nova “hermenêutica” da “nova espiritualidade, igreja emergente e comunidades carismas é o desprezo pela verdade, ou, a verdade só é verdade se for “experimentada”, e não processada na mente”. É o surgimento de “místicos intuitivos”, evangélicos que definam a “verdade” em momentos de transe espiritual irracional em comunidades “conduzidas pelo espírito” que crescem por meio de “conversações” em grupo estreitamente relacionadas com a cultura ao redor. A doutrina e a pregação com base nas Escrituras se tornaram tão questionáveis para o bem da igreja, conforme os alertas do Dr. Peter Jones.
A característica principal e nociva do pensamento teológico progressista com seus elementos[4] nocivos e sofísticos estão impregnados no movimento evangélico contemporâneo, principalmente nos adeptos da nova espiritualidade: é a relativização e abandono do princípio reformado do Sola Scriptura[5]. Ou seja, a esquerda cristã e evangélica não começa com pressupostos da mentalidade revolucionárias e políticos de esquerda, e sim, com o desprezo e aniquilação das Sagradas Escrituras como Palavra de Deus em sua integralidade e em todas as dimensões do conhecimento e da vida:

a.    Natureza divina da Escritura;
b.    Inspiração e Expiração da Escritura;
c.    Unidade da Escritura;
d.    Infalibilidade da Escritura;
e.    Inerrância da Escritura;
f.     Autoridade Máxima da Escritura;
g.    Necessidade sine qua non da Escritura;
h.    Clareza da Escritura;
i.     Suficiência da Escritura.


Devemos tratar todos os cristãos em Cristo: eleitos, chamados, regenerados, convertidos, justificados, adotados, santificados e preservados como irmãos em Cristo, independentemente da denominação. O Reino de Deus[6] é maior que as nossas denominações, grupos e correntes teológicas.   

Existe um perigo nada novo debaixo do céu[7]: o crescimento da "nova espiritualidade gospel”[8], impulsionado pelo um revigorante humanismo-antropocênrico e bruxa global, marcionismo[9] renovado, crítica feroz à religião, ao institucional religioso e aos religiosos[10]; como se fosse possível “ser, fazer e ter” sem premissas e pressupostos religiosos[11].

O revigorante humanismo-antropocênrico no meio cristão-protestante, é resultado direto de não ter as Sagradas Escrituras[12] como inerrante e infalível; desconhecimento da Soberania de Deus como SENHOR da História[13] e Provedor de todas as coisas e ausência do entendimento das Doutrinas da Graça. Infelizmente erros[14] provenientes do pelagianismo e arminianismo são marcas da maior parte do evangelicalismo brasileiro. 


3. AUSÊNCIA DE CONHECIMENTO HISTÓRICO E ÓDIO AO “CREDO, CONFESSIONAL E RELIGIOSO”

                        O movimento e os adeptos da “nova espiritualidade”, é um movimento anti-intelectual, têm desprezo e pavor ao estudo da teologia sistemática e ao conhecimento histórico da fé e tradição cristã, colocando-se como inimigos dos credos e confissões cristãs bíblicas e ortodoxas. Uma grande parte do movimento e líders cristãos protestantes e evangélicos não conhecem a sua história (Reforma Protestante), e são extremamente rasos nos primeiros 500 anos do cristianismo antes de ser deformado pelo romanismo e pelagianismo.

                        Neste sentido a obra inigualável “O Imperativo Confessional”[15] de Carl Trueman, um profundo conhecedor da história e teologia cristã, explica porque a Igreja de Cristo precisa fazer declarações precisas a respeito de seu Senhor.  Ironicamente, os que afirma “não ter nenhum credo além de Cristo” estão mais vulneráveis à ação perniciosa da nossa época, e não mentos, como pensam. Os principais temas abaixo:

a.    A acusação cultural contra os credos e as confissões;
b.    Os fundamentos do confessionalismo;
c.    A Igreja Primitiva;
d.    As confissões protestantes clássicas;
e.    Da utilidade dos credos e das confissões;
f.     Da revisão e complementação das confissões

São fundamentais para ser um cristão bíblico e ortodoxo e não sermos levados por todos os ventos de doutrinas de homens e de demônios.

O Credo Apostólico, que podemos chamar de um documento básico e resumido da fé cristã, apresenta pontos essenciais para começar na superação da “nova espiritualidade ne-evangélica, pós-evangélica e carismatiana”.

Credo Apostólico[16]:

Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra.
Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Católica (Universal); na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.

Nos advertidos pelo Dr. Peter Jones que a nova espiritualidade do mundo “interconfessional” de hoje acreditam que a verdade tem a ver com boas intenções, e não com doutrina; que religião tem a ver com amor, e não com distinções intelectuais ou teológicas nítidas; que a essência da religião é uma experiência espiritual universal, e não doutrinas religiosas. Por isso, quem despreza a religião organizada e a doutrina não se define mais como humanista secular ou ateísta. Antes, diz: “Não sou religioso, mas sou espiritual”.

Herman Dooyeweerd, filósofo e jurista holandês[17], gosta lembrar-nos: o ser humano é um ser religioso; a negação do religioso, da religiosidade já é si um tipo de religiosidade, religião e religioso. Não existe neutralidade religiosa, da mesma que não existe neutralidade científica. Não existe neutralidade metafísica[18] e nem neutralidade epistêmica[19].

O ateu é um religioso-não-religioso. Todos os seres humanos nascem religiosos e morrem religiosos. Ontologicamente (metafisicamente), epistemicamente, eticamente, hermenêutica[20], antropologicamente, psicologicamente, e acima de tudo, biblicamente e teologicamente é impossível não ser religioso. Todos os seres humanos têm um Deus, ou deus ou vários deuses e deusas.

Todos os seres humanos foram criados com a imagem e semelhança de Deus, porém, não podemos esquecer recebemos o efeito devastador da queda e pecado[21]; mas, é gratificante lembrar-nos do poder restaurador[22] e magnífico da redenção[23] em Cristo Jesus.  

Esta "nova espiritualidade cristã" comporta-se com soberba espiritual, desprezando: a ortodoxia bíblica[24], ortodoxia e apologética cristã, tradição apostólica e histórica em detrimento das SAGRADAS ESCRITURAS[25]. Não temos como saber nada de verdade-verdadeira acerca de Deus, Jesus Cristo e Espirito Santo fora das Escrituras Sagradas. As Sagradas Escrituras é a Palavra de Deus[26], infalível, inerrante, inspirada, suficiente e normativa com iluminação do Espírito Santo para ser ter um pensamento ortodoxo, uma ortopraxia (vida e prática) abundante e transbordante na vontade de Deus para todas as dimensões da vida humana[27].

Aliás, um dos erros e fraquezas dos movimentos religiosos da ambiência protestante (históricos, reformados, evangélicos, pentecostais, ditos renovados, etc... e milhares de denominações) é o desprezo pela história apostólica e cristã.

Não há novidade debaixo dos céus, principalmente sobre os erros e heresias que surgem no meio dos cristãos tanto na antiguidade como na modernidade e pós-modernidade. A “nova espiritualidade cristã” é um acúmulo de confusões e misturas espiritualistas dos essênios, fariseus e saduceus com humanismo, paganismo, ateísmo, deísmo, docetismo, marcionismo, donatismo, gnosticismo, arianismo, maniqueísmo, montanhismo, nestoriansimo, apolinarismo, pelagianismo, romanismo, ebionismo, liberalismo teológico, neo-ortodoxia, teologia da libertação, teologia da missão integral, e tantos outras dezenas e dezenas erros e heresias religiosas e secularistas, otimizado pela mentalidade revolucionária, progressista, esquerdista e marxista cultural[28].

Precisamos entender que estas novas espiritualidades é uma reação ao nosso farisaísmo institucional, denominacional e suposta ortodoxia (achamos que é ortodoxia) sem vida e relevância.

O problema não é a ortodoxia cristã, e sim a “ortodoxia cristã sem vida e prática”. A ”ortodoxia” sem “ortopraxia” transforma-se em “cacopraxia” (mau cheiro e péssimo testemunho). Aliás, ortodoxia cristã que não produz vida, não é ortodoxia cristã. A busca da ortopraxia cristã sem a ortodoxia cristã têm produzido muitos crentes pietistas-erráticos, sem obras[29], mais o acúmulo das heresias seculares: educação progressista[30], comunista, socialista, mentalidade de pobreza[31] e improdutividade[32], marxista cultural, niilista, relativista[33], pós-modernista, misticismo[34], feminista[35], com nova era, etc...[36] aí o “balaio de gato” aumenta de forma exponencial.  

Qual é a cura[37] para a Confusão[38] Moderna e Pós-Moderna dos Cristãos?

Antes (juntamente, ao mesmo tempo), crescei (ordem) na graça (Espírito Santo, fonte do verdadeiro poder, vida, prática), e no conhecimento (verdade, ortodoxia cristã e apostólica, correto) de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. 2 Pedro 3:18.

A lei do Senhor é perfeita e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e alumia os olhos. O temor do Senhor é limpo e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos. Salmos 19:7-11

Voltemos para a prática bíblica[39], tradição apostólica e catolicidade cristã. Não existe prática bíblica e tradição apostólica sem fundamentação das Sagradas Escrituras. Agora, a catolicidade cristã existe o redescobrimento dos credos e documentos confessionais produzido pela igreja nos primeiros 550 anos:

a. Credo Apostólico – (Credo batismal básico);  
b. Concílio de Niceia (325 A.D -  foco na história contra a imaginação pagã e antropocêntrica);
c. Credo Atanasiano: o uno e o múltiplo (Atanásio 299 AD – 373 AD – defensor da fé trinitariana, lutou contra a heresia do arianismo e recebeu o título de “pai da ortodoxia”);
d. Concílio de Constantinopla (381 AD – contra o ódio à convicção);
e. Concílio de Éfeso (431 AD - condenação do culto ao homem);
f. Concílio de Calcedônia (451 AD – fundamento da liberdade ocidental);
g. Concílio de Constantinopla II (533 AD – contra a falácia da simplicidade – lutou contra a hostilidade civil e religiosa quanto contra a falta de compreensão das complexidades da doutrina cristã).

Aprendendo com história[40]; por exemplo: a liberdade ocidental é produto direto e prático da cristologia calcedoniana e do trinitarianismo do credo atanasiano. Com uma fé apostólica e com catolicidade, podemos superar estas variações dos “essênios, fariseus, saduceus e zelotes” antigos e modernos, e focar na Santíssima Trindade, no Santo Evangelho-Lei[41] para a glória de DEUS[42]

É hora de a igreja brasileira aprender que os credos e as confissões não são camisas de força, mas trilhos que ajudam a igreja nas tarefas missiológicas, apologéticas e doxológica. Não são prisões que enjaulam a criatividade e a vitalidade; são, sim, tanques de oxigênio que nos ajudam a mergulhar nas águas profundas das Escrituras. Entender quem somos e proclamar o que cremos são passos necessários para vivermos como o Senhor Deus deseja.[43]


4. CONCLUSÃO

Apesar de tudo isto, a Igreja de Cristo é vitoriosa[44], não importa as dificuldades, perseguições, deficiências, fracassos, derrotas, fragmentações e anti-intelectualismo[45] de muitos cristãos demonstrados na “nova espiritualidade”. A intenção do pequeno texto é apenas termos ciências de alguns erros[46], para podermos corrigirmos[47] e avançarmos.

Inspirado na obra “Bruxaria Global: técnicas da espiritualidade pagã e a resposta cristã” do Dr. Peter Jones e prefácio do Dr. John Frame somos instigados nesta pergunta-chave; o que define a batalha pela alma da igreja em nossos dias extremamente “espirituais”: adoraremos a natureza ou o Deus que criou a natureza? Esse conflito teve início no jardim do Éden, quando Adão e Eva receberam o convite feito pela serpente para adorarem a si mesmos em vez do Criador. Continuou quando Israel foi tentado a adorar os deuses da natureza Baal e Aserá e todos os outros ídolos das nações ao seu redor. O conflito ficou evidente quando Paulo falou do panteão de divindades nas quais os atenienses criam e ainda estava presente quando os pais da igreja primitiva condenaram o gnosticismo. Hoje, cristãos de todo o mundo precisam reconhecer e combater o culto à natureza em todas as usas formas antigas ou modernas quer no animismo africano ou no neopaganismo interconfissional.

O Senhor Jesus Cristo é uma pessoa, e não uma experiência mística indefinida. É a revelação objetiva do Pai em Palavra e atos. Sua vida, morte e ressurreição, porém, conduzem-nos a Deus por meio de um ato histórico de expiação que nos liberta do pecado e da culpa. Apropriamo-nos dessa verdade pela fé ao ouvirmos e crermos na Palavra pregada. Não precisamos de técnicas pagãs e experiências irracionais para nos aproximarmos dele. Ele se achegou a nós, daí nos achegarmos a Deus. By Peter Jones

Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide, Sola Christus, Soli Deo gloria, Coram Deo.[48]


5. Tarefas Para Pensar:

1. Se a experiência é a fonte da verdade para o cristão, como podemos distingui-la das versões religiosas pagãs, especialmente quando tantos na igreja brincam com técnicas espirituais dos mais variados tipos, praticadas em todas as religiões pagãs desde tempos imemoriais?

2. O paganismo é especialista em técnicas espirituais, todas elas criadas para gerar uma sensação de identificação mística com o divino. A “interespiritualidade” é uma prática comum em muitas igrejas e denominações. Há quem diga que não temos motivo para nos preocupar. Podemos “cristianizar” a ioga e o labirinto. Diante disso, é inofensivo usar qualquer tipo de técnica espiritual que pareça funcionar em detrimento das Sagradas Escrituras?

3. Uma pergunta-chave define a batalha pela alma da igreja em nossos dias extremamente “espirituais”: adoraremos a natureza ou o Deus que criou a natureza?






(*) Presbítero na Igreja Presbiteriana Bom Pastor em Osasco, SP. Cursei Teologia no IBAD – Pindamonhagaba. Coordenador do Instituto de Cultura e Educação Teonomista.  Economista e Consultor Empresarial - https://apptuts.bio/luiscavalcante

[1] RUSHDOONY, R. J. Fundamentos da ordem social: estudos sobre os credos e concílios da Igreja Primitiva. Brasília, DF; Editora Monergismo, 2019.

[2] CARVALHO, Olavo de. O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota. 6ª ed. Rio de Janeiro, Record, 2013.

[3] JONES, Peter (Org.). Bruxaria global: técnicas da espiritualidade pagã e a resposta cristã. São Paulo: Cultura Cristã, 2011.

[4] naturalista filosófico; deísta, secularismo, marxismo, niilismo, existencialismo, racionalismo, irracionalismo, subjetivismo, empirismo, dualismo grego e kantiano, modernista, pós-modernista e hiper-modernista em suas diversas escolas (teologia liberal, neo-ortodoxia, teologia da libertação, teologia da missão integral, teologia feminista, teologia negra, teologia inclusiva, etc...)

[5] Princípios da Reforma: Sola Gratia, Sola Fides, Solus Christus, sacerdócio universal dos fiéis, Sola Scriptura. Sola Scriptura: somente a Escritura é a suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; só ela é o árbitro de todas as controvérsias (= a supremacia das Escrituras). Ela é a norma normanda (“norma determinante”) e não a norma normata (“norma determinada”) para todas as decisões de fé e vida. A autoridade da Escritura é superior à da Igreja e da tradição. Contra a afirmação católica: “a Igreja ensina” ou “a tradição ensina”, os reformadores afirmavam: “a Escritura ensina”. Clique no link abaixo para aprofundar o assunto:  https://cpaj.mackenzie.br/historia-da-igreja/reforma-protestante/sola-scriptura/

[6] DAVIS, John Jefferson. A vitória do Reino de Cristo: Uma introdução ao pós-milenarismo. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2016.

[7] O que foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente; não há nada novo debaixo do sol. Eclesiastes 1:9.

[8] Pós-moderna, derivada do dualismo protestante neo-kantiano, neo-ortodoxia de Karl Barth e afins - escola existencialista gospel otimizada pelos “coachs” cristãos e não cristãos. Aqui não há desmerecimento pelo trabalho e atividade do “coach”. Em qualquer área existem profissionais e amadores. Muitas pessoas e empresas têm sido beneficiados pelo profissional “coach*, processo de “coaching” e mentoria nas diversas áreas individuais e empresariais. Em qualquer área existem profissionais excelentes, medíocres e picaretas. É possível ser um cristão profissional coach. Em qualquer profissão e ciência a cosmovisão cristã é fundamental para podermos separar aquilo que é verdadeiro e fantasias teóricas e pseudo-ciências. Infelizmente, existe uma banalização e misturas sincréticas, nocivas e neopaganistas em várias metodologias. De forma geral e bem resumida, o termo “Coach” significa treinador esportivo, uma pessoa que treina um time com foco em vencer. Na década de 60, se desenvolve o "Coaching Business" através de Richard Bandler e John Grinder, desenvolve a técnica da modelagem: processo no qual o modelo de sucesso é adotado, analisado e ensinado aos clientes para obter ótimos resultados. Em seguida surge Tim Gallwey, reconhecido como o fundador do conceito do coach, lança o livro "O jogo interior de tênis", usa a psicologia aplicada ao esporte e ao mundo corporativo.   Depois surge, Anthony Robbin, desenvolve o conceito de "Life Coaching", aplicando os conceitos de coaching empresarial para melhorar a vida das pessoas. John Withmore, através do seu livro "Coaching para performance", apresenta técnicas e ferramentas focadas em consciência e responsabilidade. O psicólogo Daniel Goleman, com sua obra "Inteligência Emocional", demonstra a importância e a capacidade para administrar emoções de forma inteligente com foco em alcançar resultados positivos.  No Brasil, Paulo Vieira, desenvolve uma metodologia assentada no coaching tradicional, inteligência emocional e reprogramação de crenças.  Neste mundo existem dezenas, centenas de profissionais que desenvolvem metodologias e tecnologias para ser alcançar bons e excelentes resultados na vida pessoal e empresarial. Precisamos da cosmovisão cristão para ficarmos alertas e discernimos as premissas que foram usadas para o desenvolvimento das respectivas “técnicas”.

[9] Marcião, Marcião de Sinope - ou Marcion - foi um dos mais proeminentes heresiarcas durante o Cristianismo primitivo. A sua teologia chamada marcionismo propunha dois deuses distintos, um no Antigo Testamento e outro no Novo Testamento, foi denunciada pelos Pais da Igreja e ele foi excomungado. Podemos considera-lo como uns dos pais e inspiradores do sofisma do liberalismo teológico e neo-ortodoxo.

[10] Achamos que somente os religiosos podem ser hipócritas ou fariseus; todos os seres humanos em certa medida são hipócritas. Todos os homens são pecadores, tem uma natureza pecaminosa e depravada e carecem da glória de Deus.

[11] É impossível qualquer pensamento, argumento, sem premissas e os elementos: transcendentes, transcendentais, credais, fiduciárias, fideístas, pré-filosóficos, pressupostos e pressuposições.

[12] JR. CENTRY, Kenneth L. A Lei de Deus no Mundo Moderno: A relevância contínua da Lei do Antigo Testamento. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2008.

[13] SANDLIN, P. Andrew. Pós-milenarismo: um guia introdutório. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2017.

[14] RUSHDOONY, Rousas John. Rejeição à humanidade: Os efeitos do neoplatonismo no cristianismo. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2018.

[15] TRUEMAN, Carl R. O imperativo confessional. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2012.
[16] O Credo Apostólico, o mais conhecido dos credos, é atribuído pela tradição aos doze apóstolos. Alguns chegaram a sugerir que cada apóstolo teria contribuído com um artigo. Mas os estudiosos acreditam que ele se desenvolveu a partir de pequenas confissões batismais empregadas nas igrejas dos primeiros séculos. O Credo Apostólico, assim como os Dez Mandamentos e a Oração Dominical, foi anexado, pela Assembleia de Westminster, ao Catecismo. “Não como se houvesse sido composto pelos apóstolos, ou porque deva ser considerado Escritura canônica, mas por ser um breve resumo da fé cristã, por estar de acordo com a palavra de Deus, e por ser aceito desde a antiguidade pelas igrejas de Cristo.” Citado por A. A. Hodge, Outlines of Theology, 115. Extraído de Paulo Anglada, Sola Scriptura: A Doutrina Reformada das Escrituras (São Paulo: Os Puritanos, 1998), 178-79.

[17] Considerado uns dos maiores pensadores e intelectuais evangélicos dos últimos 300 anos. Ex-reitor da Universidade Live de Amsterdam.    

[18] Ontologia é a parte da metafísica que trata da natureza, realidade e existência dos entes. A ontologia trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres objeto de seu estudo.

[19] Reflexão geral em torno da natureza, etapas e limites do conhecimento humano, teoria do conhecimento, teoria sobre o que é conhecimento. Estudo dos postulados, conclusões e métodos dos diferentes ramos do saber científico, ou das teorias e práticas em geral, avaliadas em sua validade cognitiva, ou descritas em suas trajetórias evolutivas, seus paradigmas estruturais ou suas relações com a sociedade e a história; teoria da ciência.

[20] Ciência, técnica que tem por objeto a interpretação de textos religiosos ou filosóficos. Interpretação dos textos, do sentido das palavras.

[21] OWEN, John. Para vencer o pecado e a tentação. São Paulo: Cultura Cristã, 2010.

[22] CRAMPTON, W. Gary; BACON, Richard E. Em direção a uma cosmovisão cristã Brasília, DF: Editora Monergismo, 2009.

[23] JR. GENTRY, Kenneth L. O Apocalipse para leigos: você pode entender a profecia bíblica. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2019.

[24] EINWECHTER, William O. Ética e a Lei de Deus: uma introdução à teonomia. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2009.

[25] RUSHDOONY, Rousas John. Fé e obediência: Uma introdução à lei bíblica. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2016.

[26] RUSHDOONY, Rousas John; SANDLIN, P. Andrew. Infalibilidade e Interpretação. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2017.

[27] SANDLIN, P. Andrew. Cristianismo Público: Evangelho e Lei. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2017.

[28] CARVALHO, Olavo de. O mínimo que você precisa para não ser um idiota. 6ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2013.

[29] JR. GENTRY. Kenneth L. Preterismo e Profecia. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2016.

[30] BERTHOUD, Jean-Marc. João Amós Comênio e as origens da ideologia pedagógica. (O inspirador das reformas escolares modernas). Brasília, DF: Editora Monergismo, 2017.

[31] RUSHDOONY, Rousas John. Cristianismo & capitalismo. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2016.

[32] SANDLIN, P. Andrew. A desgraça do ateísmo na economia. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2018.

[33] RUSHDOONY, Rousas John. A Política da Pornografia. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2017.

[34] BERTHOUD, Jean-Marc; Rose-Marie. Misticismo: uma abordagem bíblico-histórica. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2017.

[35] CAMPAGNOLO, Ana Caroline. Feminismo. Perversão e Subversão. São Paulo, SP: Vide Editorial, 2019.

[36] ARAÚJO NETO, Felipe Sabino. A desgraça do ateísmo na educação. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2016.

[37] Edwards, Jonathan. A busca do avivamento. São Paulo, SP: Cultura Cristã, 2010.

[38] BERTHOUD, Jean-Marc. Uma religião sem Deus: Os direitos humanos e a Palavra de Deus. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2018.

[39] RUSHDOONY, Rousas John. Cristianismo e Estado. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2018.

[40] BERTHOUD, Jean-Marc. Calvino e Genebra: a propagação da reforma na França do século XVI. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2017.

[41] BERTHOUD, Jean-Marc. Apologia da Lei de Deus. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2019.

[42] SANDLIN, P. Andrew. Cultura Cristã. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2016.

[43] Rev. Emílio Garofalo Neto, pastor da Igreja Presbiteriana Semear, Brasília, DF, 25 de dezembro de 2012.

[44] RUSHDOONY, Rousas John. O plano de Deus para a vitória: o significado do pós-milenismo. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2016.

[45] RUSHDOONY, Rousas John. Esquizofrenia intelectual. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2016.

[46] SANDLIN, P. Andrew. O problema de ser “centrado na cruz”: Como a igreja de hoje descentraliza o Evangelho. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2016.

[47] CHEUNG, Vincent. Introdução à Teologia Sistemática. São Paulo: Arte Editorial, 2008.

[48] BERTHOUD, Jean-Marc. O Combate Central da Reforma: A fé confessante. Brasília, DF: Editora Monergismo, 2017.