ERROS DAS ‘NOVAS
ESPIRITUALIDADES’ NO MEIO EVANGÉLICO
Parte I – Gospel-Coaching
Observações Pastorais:
Visão Deformada das
Sagradas Escrituras;
Ausência de
Conhecimento Histórico e Ódio ao "Credo, Confessional e Religioso"
by Luís Cavalcante*
A perda da teologia
sólida na Igreja conduziu à degeneração da vida e fé cristã.
R. J.
Rushdoony
Tornou-se algo popular, nos
últimos anos, igrejas que afirmam não possuir credos e que sua membresia é,
portanto, “aberta” e “viva”. Uma determinada seita valia-se desta abrutalhada
expressão: “Nenhum credo senão Cristo”. Toda negação do confessionalismo é
baseada na hipocrisia ou na ignorância. A palavra “credo” provêm
do latim credo, isto é, eu creio.
Portanto, credo é qualquer fórmula ou confissão de fé por parte dos membros de
uma igreja. Não existe igreja que não exija alguma forma de assentimento como
condição para a adesão, nem que seja somente um desejo de unir-se a ela em
particular. E implícito a todo assentimento está um credo. Desse modo, uma
comunidade eclesiástica que simplesmente pergunta a seus membros em potencial
se eles desejam tornar-se dela participantes, retém consigo, durante as ministrações
aos catecúmenos, e implícita a essa indagação, uma negação do cristianismo
ortodoxo, uma insistência no direito individual de ser crer naquilo que se
quer, contanto que haja uma sincera dedicação ao aprimoramento humano e um
assentimento geral às doutrinas do humanismo. Essa alardeada
ausência de credo dessa igreja em particular é, na prática, um
dogmatismo rígido e intolerante, selvagemente hostil ao confessionalismo
cristão em nome do confessionalismo humanista. R. J. Rushdoony
Em grego, idios quer
dizer “o mesmo”. Idiotes, de onde veio o nosso termo “idiota”, é o sujeito que
nada enxerga além dele mesmo, que julga tudo pela sua própria pequenez. Olavo
de Carvalho
1. INTRODUÇÃO
Alguns
segmentos no meio evangélicos têm aberto os braços, os lares e igrejas para os
velhos deuses do paganismo ou bruxaria global. Outro nome para paganismo é idolatria,
o culto a qualquer coisa que não seja o Deus verdadeiro. A religião – nova(s)
espiritualidade(s) - da presente época é contrária ao cristianismo bíblico
tanto quanto o humanismo secular, e estão determinados em destruir a fé no Deus
das Escrituras Sagradas.
Esta
‘nova(s) espiritualidade(s)’, paganismo e neopganismo têm algumas fontes:
a. Xamanismo
moderno e seus contatos com espíritos e progresso espiritual;
b. Astrologia
e a Era de Aquário;
c. A
popularização global da bruxaria;
d. Cabala;
e. Antigo
e moderno gnosticismo;
f. Animismo
indígena norte-americano com o seu caminho largo e vermelho para o desespero;
g. Espiritualidade
sul-americana com seu “sincretismo na selva”;
h. Técnicas
de espiritualidade pagã-africana;
i. Espiritualidade
chinesa;
j. Carl
Gustav Jung e as novas espiritualidades;
k. A espiritualidade
da mecânica quântica;
l. Ecologia,
neopaganismo e aquecimento global;
m. Técnicas
contemplativas pãgas;
n. Hollywoord,
entretenimento e neopaganismo;
o. Ativismo
feminista;
p. O.N.U
e organismos internacionais, promotores e financiadores de qualquer
espiritualidade que seja cristã;
q. Progressismo
e esquerdismo com sua espiritualidade estatal (marxismo cultural).
O Dr. Peter Jones, adverte-nos
dos líderes da “psicologia transpessoal” que afirmam, que só será possível
curar o planeta da violência e da ganância por meio da redescoberta da
experiência do xamã. O professor Stanislav Grof em seu livro com o título Psicologia
do futuro: lições das pesquisas modernas da consciência, mostra as “tecnologias
do sagrados” (métodos), para colocar indivíduos em estados transpessoais ou
paranormais, o que ele chama de “xamanismo essencial”. De fato, a escola
psicológica jungiana é, agora, uma fonte inesgotável do ocultismo.
2.
VISÃO DEFORMADA DAS SAGRADAS ESCRITURAS
Todos os grupos e
cristãos adeptos da ‘nova espiritualidade’ têm uma visão deformada da Palavra
de Deus. Evangélicos adeptos da nova espiritualidade tem a experiência
espiritual como critério definitivo da verdade e não mais as doutrinas
bíblicas, apostólicas e ortodoxas das Sagradas Escrituras.
A nova “hermenêutica”
da “nova espiritualidade, igreja emergente e comunidades carismas é o desprezo
pela verdade, ou, a verdade só é verdade se for “experimentada”, e não processada
na mente”. É o surgimento de “místicos intuitivos”, evangélicos que definam a “verdade”
em momentos de transe espiritual irracional em comunidades “conduzidas pelo
espírito” que crescem por meio de “conversações” em grupo estreitamente
relacionadas com a cultura ao redor. A doutrina e a pregação com base nas
Escrituras se tornaram tão questionáveis para o bem da igreja, conforme os
alertas do Dr. Peter Jones.
A característica
principal e nociva do pensamento teológico progressista com seus elementos nocivos
e sofísticos estão impregnados no movimento evangélico contemporâneo,
principalmente nos adeptos da nova espiritualidade: é a relativização e abandono
do princípio reformado do Sola Scriptura.
Ou seja, a esquerda cristã e evangélica não começa com pressupostos da
mentalidade revolucionárias e políticos de esquerda, e sim, com o desprezo e aniquilação
das Sagradas Escrituras como Palavra de Deus em sua integralidade e em todas as
dimensões do conhecimento e da vida:
a. Natureza
divina da Escritura;
b. Inspiração
e Expiração da Escritura;
c. Unidade
da Escritura;
d. Infalibilidade
da Escritura;
e. Inerrância
da Escritura;
f. Autoridade
Máxima da Escritura;
g. Necessidade
sine qua non da Escritura;
h. Clareza
da Escritura;
i. Suficiência
da Escritura.
Devemos tratar todos
os cristãos em Cristo: eleitos, chamados, regenerados, convertidos,
justificados, adotados, santificados e preservados como irmãos em Cristo,
independentemente da denominação. O Reino de Deus é maior
que as nossas denominações, grupos e correntes teológicas.
Existe um perigo nada
novo debaixo do céu:
o crescimento da "nova espiritualidade gospel”,
impulsionado pelo um revigorante humanismo-antropocênrico e bruxa global,
marcionismo renovado,
crítica feroz à religião, ao institucional religioso e
aos religiosos;
como se fosse possível “ser, fazer e ter” sem premissas e pressupostos
religiosos.
O revigorante
humanismo-antropocênrico no meio cristão-protestante, é resultado direto de não
ter as Sagradas Escrituras como
inerrante e infalível; desconhecimento da Soberania de Deus como SENHOR da
História
e Provedor de todas as coisas e ausência do entendimento das Doutrinas da
Graça. Infelizmente erros
provenientes do pelagianismo e arminianismo são marcas da maior parte do
evangelicalismo brasileiro.
3. AUSÊNCIA DE CONHECIMENTO HISTÓRICO E ÓDIO AO
“CREDO, CONFESSIONAL E RELIGIOSO”
O movimento e os adeptos
da “nova espiritualidade”, é um movimento anti-intelectual, têm desprezo e pavor
ao estudo da teologia sistemática e ao conhecimento histórico da fé e tradição cristã,
colocando-se como inimigos dos credos e confissões cristãs bíblicas e ortodoxas.
Uma grande parte do movimento e líders cristãos protestantes e evangélicos não
conhecem a sua história (Reforma Protestante), e são extremamente rasos nos primeiros
500 anos do cristianismo antes de ser deformado pelo romanismo e pelagianismo.
Neste sentido a obra
inigualável “O Imperativo Confessional”
de Carl Trueman, um profundo conhecedor da história e teologia cristã, explica
porque a Igreja de Cristo precisa fazer declarações precisas a respeito de seu
Senhor. Ironicamente, os que afirma “não
ter nenhum credo além de Cristo” estão mais vulneráveis à ação perniciosa da
nossa época, e não mentos, como pensam. Os principais temas abaixo:
a. A acusação cultural contra os
credos e as confissões;
b. Os fundamentos do
confessionalismo;
c. A Igreja Primitiva;
d. As confissões protestantes
clássicas;
e. Da utilidade dos credos e das
confissões;
f. Da revisão e complementação das
confissões
São fundamentais para ser um cristão bíblico e ortodoxo
e não sermos levados por todos os ventos de doutrinas de homens e de demônios.
O Credo Apostólico, que podemos chamar de um
documento básico e resumido da fé cristã, apresenta pontos essenciais para começar
na superação da “nova espiritualidade ne-evangélica, pós-evangélica e
carismatiana”.
Creio em Deus Pai, Todo-poderoso,
Criador do Céu e da terra.
Creio em Jesus Cristo, seu único Filho,
nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da virgem
Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e
sepultado; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à
direita de Deus Pai Todo-poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os
mortos.
Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja
Católica (Universal); na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na
ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.
Nos advertidos pelo
Dr. Peter Jones que a nova espiritualidade do mundo “interconfessional” de hoje
acreditam que a verdade tem a ver com boas intenções, e não com doutrina; que
religião tem a ver com amor, e não com distinções intelectuais ou teológicas
nítidas; que a essência da religião é uma experiência espiritual universal, e
não doutrinas religiosas. Por isso, quem despreza a religião organizada e a
doutrina não se define mais como humanista secular ou ateísta. Antes, diz: “Não
sou religioso, mas sou espiritual”.
Herman Dooyeweerd,
filósofo e jurista holandês, gosta
lembrar-nos: o ser humano é um ser religioso; a negação do religioso, da
religiosidade já é si um tipo de religiosidade, religião e religioso. Não
existe neutralidade religiosa, da mesma que não existe neutralidade científica.
Não existe neutralidade metafísica e
nem neutralidade epistêmica.
O ateu é um
religioso-não-religioso. Todos os seres humanos nascem religiosos e morrem
religiosos. Ontologicamente (metafisicamente), epistemicamente, eticamente, hermenêutica,
antropologicamente, psicologicamente, e acima de tudo, biblicamente e teologicamente
é impossível não ser religioso. Todos os seres humanos têm um Deus,
ou deus ou vários deuses e deusas.
Todos os seres humanos
foram criados com a imagem e semelhança de Deus, porém, não podemos esquecer
recebemos o efeito devastador da queda e pecado; mas, é
gratificante lembrar-nos do poder restaurador e
magnífico da redenção em
Cristo Jesus.
Esta "nova
espiritualidade cristã" comporta-se com soberba espiritual,
desprezando: a ortodoxia bíblica,
ortodoxia e apologética cristã, tradição apostólica e histórica em detrimento
das SAGRADAS ESCRITURAS. Não
temos como saber nada de verdade-verdadeira acerca de Deus, Jesus Cristo e
Espirito Santo fora das Escrituras Sagradas. As Sagradas Escrituras é a Palavra
de Deus,
infalível, inerrante, inspirada, suficiente e normativa com iluminação do
Espírito Santo para ser ter um pensamento ortodoxo, uma ortopraxia (vida e
prática) abundante e transbordante na vontade de Deus para todas as dimensões
da vida humana.
Aliás, um dos erros e
fraquezas dos movimentos religiosos da ambiência protestante (históricos,
reformados, evangélicos, pentecostais, ditos renovados, etc... e milhares de
denominações) é o desprezo pela história apostólica e cristã.
Não há novidade
debaixo dos céus, principalmente sobre os erros e heresias que surgem no meio
dos cristãos tanto na antiguidade como na modernidade e pós-modernidade. A
“nova espiritualidade cristã” é um acúmulo de confusões e misturas
espiritualistas dos essênios, fariseus e saduceus com humanismo, paganismo, ateísmo,
deísmo, docetismo, marcionismo, donatismo, gnosticismo, arianismo, maniqueísmo,
montanhismo, nestoriansimo, apolinarismo, pelagianismo, romanismo, ebionismo,
liberalismo teológico, neo-ortodoxia, teologia da libertação, teologia da
missão integral, e tantos outras dezenas e dezenas erros e heresias religiosas
e secularistas, otimizado pela mentalidade revolucionária, progressista,
esquerdista e marxista cultural.
Precisamos entender
que estas novas espiritualidades é uma reação ao nosso farisaísmo
institucional, denominacional e suposta ortodoxia (achamos que é ortodoxia) sem
vida e relevância.
O problema não é a
ortodoxia cristã, e sim a “ortodoxia cristã sem vida e prática”. A ”ortodoxia”
sem “ortopraxia” transforma-se em “cacopraxia” (mau cheiro e péssimo
testemunho). Aliás, ortodoxia cristã que não produz vida, não é ortodoxia
cristã. A busca da ortopraxia cristã sem a ortodoxia cristã
têm produzido muitos crentes pietistas-erráticos, sem obras, mais o
acúmulo das heresias seculares: educação progressista,
comunista, socialista, mentalidade de pobreza e
improdutividade,
marxista cultural, niilista, relativista,
pós-modernista, misticismo,
feminista,
com nova era, etc... aí o
“balaio de gato” aumenta de forma exponencial.
Qual é a cura
para a Confusão
Moderna e Pós-Moderna dos Cristãos?
Antes (juntamente,
ao mesmo tempo), crescei (ordem) na graça (Espírito
Santo, fonte do verdadeiro poder, vida, prática), e no conhecimento (verdade,
ortodoxia cristã e apostólica, correto) de nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo. 2 Pedro 3:18.
A lei do Senhor é perfeita e
refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos
símplices. Os preceitos
do Senhor são retos e alegram o
coração; o mandamento do Senhor é puro
e alumia os olhos. O temor do Senhor é limpo e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros
e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o
ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos
favos. Salmos 19:7-11
Voltemos para a prática
bíblica,
tradição apostólica e catolicidade cristã. Não existe prática bíblica e
tradição apostólica sem fundamentação das Sagradas Escrituras. Agora, a
catolicidade cristã existe o redescobrimento dos credos e documentos
confessionais produzido pela igreja nos primeiros 550 anos:
a. Credo Apostólico –
(Credo batismal básico);
b. Concílio de Niceia (325
A.D - foco na história contra a
imaginação pagã e antropocêntrica);
c. Credo Atanasiano: o
uno e o múltiplo (Atanásio 299 AD – 373 AD – defensor da fé trinitariana,
lutou contra a heresia do arianismo e recebeu o título de “pai da ortodoxia”);
d. Concílio de
Constantinopla (381 AD – contra o ódio à convicção);
e. Concílio de Éfeso (431
AD - condenação do culto ao homem);
f. Concílio de
Calcedônia (451 AD – fundamento da liberdade ocidental);
g. Concílio de
Constantinopla II (533 AD – contra a falácia da simplicidade – lutou
contra a hostilidade civil e religiosa quanto contra a falta de compreensão das
complexidades da doutrina cristã).
Aprendendo com
história;
por exemplo: a liberdade ocidental é produto direto e prático da cristologia
calcedoniana e do trinitarianismo do credo atanasiano. Com uma fé apostólica e
com catolicidade, podemos superar estas variações dos “essênios, fariseus,
saduceus e zelotes” antigos e modernos, e focar na Santíssima Trindade, no
Santo Evangelho-Lei para a
glória de DEUS.
É hora de a igreja
brasileira aprender que os credos e as confissões não são camisas de força, mas
trilhos que ajudam a igreja nas tarefas missiológicas, apologéticas e
doxológica. Não são prisões que enjaulam a criatividade e a vitalidade; são,
sim, tanques de oxigênio que nos ajudam a mergulhar nas águas profundas das
Escrituras. Entender quem somos e proclamar o que cremos são passos necessários
para vivermos como o Senhor Deus deseja.
4. CONCLUSÃO
Apesar de tudo isto, a
Igreja de Cristo é vitoriosa, não
importa as dificuldades, perseguições, deficiências, fracassos, derrotas, fragmentações
e anti-intelectualismo de
muitos cristãos demonstrados na “nova espiritualidade”. A intenção do
pequeno texto é apenas termos ciências de alguns erros, para
podermos corrigirmos e
avançarmos.
Inspirado na obra “Bruxaria
Global: técnicas da espiritualidade pagã e a resposta cristã” do Dr. Peter
Jones e prefácio do Dr. John Frame somos instigados nesta pergunta-chave; o que
define a batalha pela alma da igreja em nossos dias extremamente “espirituais”:
adoraremos a natureza ou o Deus que criou a natureza? Esse conflito teve início
no jardim do Éden, quando Adão e Eva receberam o convite feito pela serpente
para adorarem a si mesmos em vez do Criador. Continuou quando Israel foi
tentado a adorar os deuses da natureza Baal e Aserá e todos os outros ídolos das
nações ao seu redor. O conflito ficou evidente quando Paulo falou do panteão de
divindades nas quais os atenienses criam e ainda estava presente quando os pais
da igreja primitiva condenaram o gnosticismo. Hoje, cristãos de todo o mundo
precisam reconhecer e combater o culto à natureza em todas as usas formas
antigas ou modernas quer no animismo africano ou no neopaganismo
interconfissional.
O Senhor Jesus Cristo
é uma pessoa, e não uma experiência mística indefinida. É a revelação objetiva
do Pai em Palavra e atos. Sua vida, morte e ressurreição, porém, conduzem-nos a
Deus por meio de um ato histórico de expiação que nos liberta do pecado e da
culpa. Apropriamo-nos dessa verdade pela fé ao ouvirmos e crermos na Palavra
pregada. Não precisamos de técnicas pagãs e experiências irracionais para nos
aproximarmos dele. Ele se achegou a nós, daí nos achegarmos a Deus. By Peter
Jones
Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola
Fide, Sola Christus, Soli Deo gloria, Coram Deo.
5. Tarefas Para Pensar:
1. Se a experiência
é a fonte da verdade para o cristão, como podemos distingui-la das versões
religiosas pagãs, especialmente quando tantos na igreja brincam com técnicas
espirituais dos mais variados tipos, praticadas em todas as religiões pagãs
desde tempos imemoriais?
2. O paganismo é especialista
em técnicas espirituais, todas elas criadas para gerar uma sensação de
identificação mística com o divino. A “interespiritualidade” é uma prática
comum em muitas igrejas e denominações. Há quem diga que não temos motivo para
nos preocupar. Podemos “cristianizar” a ioga e o labirinto. Diante disso, é
inofensivo usar qualquer tipo de técnica espiritual que pareça funcionar em detrimento
das Sagradas Escrituras?
3. Uma pergunta-chave
define a batalha pela alma da igreja em nossos dias extremamente “espirituais”:
adoraremos a natureza ou o Deus que criou a natureza?
(*)
Presbítero na Igreja Presbiteriana Bom Pastor em Osasco, SP. Cursei Teologia no
IBAD – Pindamonhagaba. Coordenador do Instituto de Cultura e Educação
Teonomista. Economista e Consultor
Empresarial - https://apptuts.bio/luiscavalcante
RUSHDOONY,
R. J. Fundamentos da ordem social: estudos sobre os credos e concílios
da Igreja Primitiva. Brasília, DF; Editora Monergismo, 2019.
O que foi tornará a ser, o que foi
feito se fará novamente; não há nada novo debaixo do sol. Eclesiastes 1:9.
Marcião, Marcião de Sinope - ou Marcion - foi um
dos mais proeminentes heresiarcas durante o Cristianismo primitivo. A sua
teologia chamada marcionismo propunha dois deuses distintos, um no Antigo
Testamento e outro no Novo Testamento, foi denunciada pelos Pais da Igreja e
ele foi excomungado. Podemos considera-lo como uns dos pais e
inspiradores do sofisma do liberalismo teológico e neo-ortodoxo.
Achamos
que somente os religiosos podem ser hipócritas ou fariseus;
todos os seres humanos em certa medida são hipócritas. Todos os homens são
pecadores, tem uma natureza pecaminosa e depravada e carecem da glória de Deus.
É impossível qualquer pensamento, argumento, sem
premissas e os elementos: transcendentes, transcendentais, credais,
fiduciárias, fideístas, pré-filosóficos, pressupostos e pressuposições.
Ciência, técnica que tem por objeto a
interpretação de textos religiosos ou filosóficos. Interpretação dos textos, do
sentido das palavras.